Poeta animal
Degolo rostos nocturnos desprovidos,
E o som melodioso dos seus gemidos
Ensopados, desfeitos e vomitados,
Num intenso luar urbano de tons negros.
Suspiros decompostos ansiando o deleite,
Num violento pesadelo de cortes surdos.
Observo e absorvo, mas não consigo tocar.
Pedaços vomitados na seda da noite,
Masturbados na terra sem audácia e brilho,
Cariam os corpos deitados sem sentença,
Numa estrada aberta que conduz ao frio.
Sonâmbulos do mesmo leito pintado,
Cegados por um raiar pérfido e lento.
Sujos com sangue e carne mastigada,
Com almas semelhantes à morte,
Retrato o acto que devora o meu ser,
Num culto que se destrói no ventre da lua.
Pois quero ficar com a as palavras do todo,
E penetrar no escrito aberto da ternura.
Mordido pelo olho do animal disforme
Que arranca devaneios de corpos desfeitos.
E o som melodioso dos seus gemidos
Ensopados, desfeitos e vomitados,
Num intenso luar urbano de tons negros.
Suspiros decompostos ansiando o deleite,
Num violento pesadelo de cortes surdos.
Observo e absorvo, mas não consigo tocar.
Pedaços vomitados na seda da noite,
Masturbados na terra sem audácia e brilho,
Cariam os corpos deitados sem sentença,
Numa estrada aberta que conduz ao frio.
Sonâmbulos do mesmo leito pintado,
Cegados por um raiar pérfido e lento.
Sujos com sangue e carne mastigada,
Com almas semelhantes à morte,
Retrato o acto que devora o meu ser,
Num culto que se destrói no ventre da lua.
Pois quero ficar com a as palavras do todo,
E penetrar no escrito aberto da ternura.
Mordido pelo olho do animal disforme
Que arranca devaneios de corpos desfeitos.