Sudário de amor
Retiro da carne a emoção contida.
Descalço-a num frémito
Êxtase e sirvo-a rasgada.
Ela, desnuda foi ao teu encontro
Inlânguida criatura viva,
Numa dança de prazer sensual
Tomas o álcool forte nela contido.
Destapas a lápide-neblina;
Manto de angústias de amor.
Serpenteias nua nos teus espinhos
Unindo a boca e
Venenos em vorazes desejos
Descompassados perpetuam-se ofegantes
Predadores, presas e parasitas
Divinos e eternos amantes.