O Verme
Tal não é justiça poética, é aquilo que sofri
Nem é mero devaneio de um tempo trucidado
Mas uma daquelas noites que ninguém ousou amar
Por isso choro, choro um grito abafado no papel
Em ruínas pactuo, e pinto de vermelho a tela
Encosto o rosto à janela e segredo o tempo sem horas
Sombras densas aspiram o tempo que não lhes pertence
Nem é mero devaneio de um tempo trucidado
Mas uma daquelas noites que ninguém ousou amar
Por isso choro, choro um grito abafado no papel
Em ruínas pactuo, e pinto de vermelho a tela
Encosto o rosto à janela e segredo o tempo sem horas
Sombras densas aspiram o tempo que não lhes pertence
Esculpem o ar e aguardam a chuva
Caindo a prima gota, encharco as flores e apago a luz
(Tenho vergonha do meu corpo)
Conduzo a noite num objectivo inabalável do ser
Ninguém te quer, és mais sonho que comoção
Condeno-me no conforto do teu colo pérfido e hostil
Sob olhares atentos que apenas respondem à lua
Registo-te (pinto e fotografo) sob iluminações débeis
Pergunto-me e beijo-te num mundo antípoda
Sou um louco, filho velho, mas tu és bela e anacronismo!
Caindo a prima gota, encharco as flores e apago a luz
(Tenho vergonha do meu corpo)
Conduzo a noite num objectivo inabalável do ser
Ninguém te quer, és mais sonho que comoção
Condeno-me no conforto do teu colo pérfido e hostil
Sob olhares atentos que apenas respondem à lua
Registo-te (pinto e fotografo) sob iluminações débeis
Pergunto-me e beijo-te num mundo antípoda
Sou um louco, filho velho, mas tu és bela e anacronismo!