A estranha canção de Dezembro
Apago o tabaco acesso no meu querido corpo
E desvaneço ao som do vinho
Ausento-me do som! Rufos!
(Dei-me conta do frio)
As luzes velhas da estrada dançam no meu cortiço
Hoje e sou a voz ensanguentada de um corpo embriagado
Pedaço de Homem tatuado pelo ar que respirou
(Serei eu o prelúdio do fado que resta de mim?)
Marcha! Caio na estrada de rosto morto sem mãos e dedos
E recordo o beijo sensível na volúpia da noite
Dos que me amaram como um quadro sem pintura
Enquanto carregam em si toda a tristeza da minha alma
Como quem viveu o impossível e voou sem asas
E que a vós pertence como um leve e irónico arrepio
Que imutavelmente naufragou no lamento profundo
E hoje murmura no chão frio que outros calcam diariamente
Silêncio!
(A vós me confesso!)
Eu sou como meras palavras numa qualquer lápide cravadas
E desvaneço ao som do vinho
Ausento-me do som! Rufos!
(Dei-me conta do frio)
As luzes velhas da estrada dançam no meu cortiço
Hoje e sou a voz ensanguentada de um corpo embriagado
Pedaço de Homem tatuado pelo ar que respirou
(Serei eu o prelúdio do fado que resta de mim?)
Marcha! Caio na estrada de rosto morto sem mãos e dedos
E recordo o beijo sensível na volúpia da noite
Dos que me amaram como um quadro sem pintura
Enquanto carregam em si toda a tristeza da minha alma
Como quem viveu o impossível e voou sem asas
E que a vós pertence como um leve e irónico arrepio
Que imutavelmente naufragou no lamento profundo
E hoje murmura no chão frio que outros calcam diariamente
Silêncio!
(A vós me confesso!)
Eu sou como meras palavras numa qualquer lápide cravadas
Pois ainda há beleza na morte e tudo é eterno se em vós estiver