Resignação nua e violenta

Resignação nua e violenta: setembro 2005

quarta-feira, setembro 21, 2005

Geração de plástico

Como cozinhas a inveja
Não te esqueças de lamber o prato
A fome interior dada a mim,
Faz de mim o que sou
A fome interior dada a mim,
Faz-me sentir algo que ja passou
E não te podes meter comigo
Seja eu sonho ou imaginação
Ao invés disso,
Provarás a minha dor
Como mero digestivo ou sobremesa
E em breve serás como Eu

Aos olhos de quem te olha
Por dentro e por fora
Mas não te esqueças de lamber o prato

sábado, setembro 03, 2005

Dor: uma forma de prazer

(Defino o roteiro deste drama de amor)
Com Porto, sexo e ópio
Uma mente brilhante riscou o seu rosto
De excelência injusta
Grito…
Dobro o tempo, tentando voltar a trás
Porém ela repete sempre a mesma queda
Nua… ajoelhada no quarto escuro
Não sente, nem pensa
Paira na luz suspensa
Escorrendo em estado de lágrima
Dou-lhe a mão num sinal de igualdade
Fogo-fátuo no afecto de espinhos
Nua … chora mil formas de foder
Corpos estranhos em forma de droga
Ó canastro rasgado – Convulsas prazer!
Num ritual de desejos inalcançáveis
Encarando sempre as mesmas vertigens