Estranha forma de dança
Esboço curvas e pontos na superfície do papel
Ritmos líquidos de imperceptibilidade vazia
Pedaços de um ser inexplicável que sou eu.
Fluo na leitosa carne prensada da árvore
Numa musicalidade que me mata e ressuscita
Qual miopia luminosa, nunca me permiti ler.
Agora preparo-me na perfeita imobilidade do ser
E traço tal singular consciência como sacrifício
(A ponta do lápis que quebra perante tal crente).
Inalo e perco-me num complicado ser inacabado
Afio a casca - derramo cinzas e madeira no papel
Castigo a ponta contra a folha e forço-me a sair
Navego no lado de dentro dos meus olhos
(Fito o acto esquivo no gesto que imprimi)
Fechadura de uma enorme neblina que se recusa abrir
Coexisto em metades - convexos olhos misteriosos
Qual é a certa e a errada?
Penso no vazio
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