Extrema unção
-Num passeio de pedra,
-Numa noite de lua,
Cheiro a noite pardo, do caminho molhado.
Como homem, não digo adeus
Carrego na lua os meus ombros segredos
Entre o brilho, entre o medo
Silente aragem sobre o meu corpo doentio
Atravesso uma insónia asfixiante
Choro por querer a lágrima que não tenho
Numa triste hora fria matinal
Calejo o físico sobre as pedras do passeio
Morro mesmo sem querer
Retrato esta cor tremida entre o negro nevoeiro
Flashes de alma angustiada
Sobre os meus cáusticos pés afasta-se nada
Vagas respostas a prazo
Sofro na vida passageira aquilo que existe
Relembro doirados no azul do vento
Pontos de luz que me atravessam na noite
Cego memórias, lenta madrugada
Toco a pele moldada na saudade do afecto
Sangue lânguido esquentado
Acordo sentidos ocultos, infernos que ocupei
Escorrego a dor na manhã
Acendo um cigarro, forte brilho me trespassa
Face contra face, aqueço ao sol
Liberto o meu tormento com uivos de horror
Aproximo sorrisos curvos sobre mim
Cores e rostos agora vejo num furor citadino
Boca vermelha, figura obscura
Cansado de ver fecho a porta que dá lá para fora
Sou vítima num lençol afundando lentamente
-Num passeio de seda,
-Numa tarde de sol...
-Numa noite de lua,
Cheiro a noite pardo, do caminho molhado.
Como homem, não digo adeus
Carrego na lua os meus ombros segredos
Entre o brilho, entre o medo
Silente aragem sobre o meu corpo doentio
Atravesso uma insónia asfixiante
Choro por querer a lágrima que não tenho
Numa triste hora fria matinal
Calejo o físico sobre as pedras do passeio
Morro mesmo sem querer
Retrato esta cor tremida entre o negro nevoeiro
Flashes de alma angustiada
Sobre os meus cáusticos pés afasta-se nada
Vagas respostas a prazo
Sofro na vida passageira aquilo que existe
Relembro doirados no azul do vento
Pontos de luz que me atravessam na noite
Cego memórias, lenta madrugada
Toco a pele moldada na saudade do afecto
Sangue lânguido esquentado
Acordo sentidos ocultos, infernos que ocupei
Escorrego a dor na manhã
Acendo um cigarro, forte brilho me trespassa
Face contra face, aqueço ao sol
Liberto o meu tormento com uivos de horror
Aproximo sorrisos curvos sobre mim
Cores e rostos agora vejo num furor citadino
Boca vermelha, figura obscura
Cansado de ver fecho a porta que dá lá para fora
Sou vítima num lençol afundando lentamente
-Num passeio de seda,
-Numa tarde de sol...
4 Comments:
Olá. Já não deambulava pelos blogs há imenso tempo. Já sentia saudades dos teus belos poemas.
Achei bastante interessante o título deste teu poema, principalmente dado os presentes acontecimenos (morte do Papa). Adorei as passagens de tempo que nomeas-te, desde a noite de lua até á tarde de sol. Adorei o poema.
Kisses*****
A passagem pelo teu blog passou a ser regular, perco-me sempre nas tuas palavras e é muito bom saber que também ouves as minhas. Gosto sempre das tuas visitas ao meu blog. Adoro a tua forma de brincar com as palavras.
Vg
Oi. Tudo isto está tudo muito, mas muito, mas muito extasiante. Adoro a maneira cortante que voçe tem para jogar com as palavras.
Prevejo bastante sucesso na sua escrita, apesar de voçê recusar variados factores usados na poetica mundial.
A ver se assento a morada do seu web para voltar cá mais vezes, pois achei muito legal a sua escrita.
*****
Natalia
Bonito*
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