Resignação nua e violenta

Resignação nua e violenta: Voyeur orgânico

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Voyeur orgânico

Silenciosamente contigo
Noto a prisão do teu corpo
De uma forma afastada
No deleite da masturbação
Dormes assassinada
Evadindo-te de ti própria
Em colchas sujas e grossas
Num corpo velho e curvado
Procura sossego na morte
Dos mil olhares e palavras
Que alam prosas na mente
Fechada nessas quatro paredes
Apertadas na abulia da almofada
Triste emocional de Inverno
Jazes nua em sensações velhas
Fixas na luz débil feminina
Que ecoa da tua triste treva
A dor aguda cosmopolita
No sonho da mera carnificina
Escondes lobos nos lençóis
Seda escassa macilenta
Consumo o teu corpo (olho cansado)
Lânguidas artérias do desejo
Desmaio em gozo perto da carne
Sinistro espectáculo de sombras
Coada nas fendas dos estores abertos
Sob a luz amarelada da rua

7 Comments:

Blogger papiro said...

Em primeiro lugar quero agradecer a tua visita pelo meu blog.
Gostei bastante das tuas palavras e por aquilo que li, já percebi que me tornarei numa leitora assídua.
Beijinhos

Vg

10:52 da manhã  
Blogger osimachina said...

thnks* disponha smp lol

7:11 da tarde  
Blogger Hearthy Lovin Greens said...

isto está tão...

(luminoso?) :)

Beijo**

1:51 da tarde  
Blogger Shadow said...

É estranho como quando li este poema pela primeira vez senti a nessecidade de chegar ao fim rapidamente, de o ler vorazmente. Na segunda leitura aconteceu-me o mesmo. Parece que o encadeamento das estrofes fazem com que o leitor queira fazer quase que um texto corrido, de imagens e momentos que exprimes.
Como síntese: Adorei mais uma vez.
Kisses*****

8:26 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Bem, apesar de o poema não ter estrofes, eu gostei, claro está! O de sempre, meu caro amigo mister raube!

12:36 da tarde  
Blogger osimachina said...

viva ao xipismo!!

10:04 da tarde  
Blogger Shadow said...

Peço perdão pelo erro, queria dizer verso em vez de estrofe.
Obrigado pela correcção senhor juzelito.
Kisses*****

10:50 da tarde  

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