A dor do poeta
Acordei sujo…
Sozinho numa rua de Lisboa…
Coberto por um rio de sangue e vinho,
Anseando o brilho do conforto
Da tua intensa imagem
Pintada num pedaço de papel
Que guardei nestas calças infames.
Como és perfeita!
Oh! tamanho desejo…
Coloquei-te sobre qualquer deus
(Ponto mais alto do
Imaginário subconsciente)
E te venero num pedestal.
És de cor fria, pintada a carvão
E o vermelho do teu vestido
Faz contraste na minha dor.
Oh vestes de veludo carnal!
Que me privam das tuas coxas
E cobrem todo o teu corpo…
Deixai-me sentir a tua essência
Só mais uma vez!
Deito-me sobre as nuvens
Do escape do automóvel
Que me guiam para local incerto
Eu estou só e quero chegar a casa…
Saio desta dança decadente
Com o rufar dos primeiros raios.
Num corpo molhado, frio e só,
Sigo o caminho trémulo e escuro
Das velas acesas, espalhadas pelo
Chão de carvalho desta casa velha
Com vista para um Tejo enegrecido...
Aprecio o teu corpo deitado no escrito.
Num impulso emotivo, abraço-me a ti
Borrando a pintura no teu corpo…
Sujando o teu registo do meu desejo.
Oh Flores fúnebres!
De olhos belos que me encantam
Poisai sobre o meu caixão
E tapai sobre mim a dor…
Pois não quero mais sentir
A solidão da alma!
Sozinho numa rua de Lisboa…
Coberto por um rio de sangue e vinho,
Anseando o brilho do conforto
Da tua intensa imagem
Pintada num pedaço de papel
Que guardei nestas calças infames.
Como és perfeita!
Oh! tamanho desejo…
Coloquei-te sobre qualquer deus
(Ponto mais alto do
Imaginário subconsciente)
E te venero num pedestal.
És de cor fria, pintada a carvão
E o vermelho do teu vestido
Faz contraste na minha dor.
Oh vestes de veludo carnal!
Que me privam das tuas coxas
E cobrem todo o teu corpo…
Deixai-me sentir a tua essência
Só mais uma vez!
Deito-me sobre as nuvens
Do escape do automóvel
Que me guiam para local incerto
Eu estou só e quero chegar a casa…
Saio desta dança decadente
Com o rufar dos primeiros raios.
Num corpo molhado, frio e só,
Sigo o caminho trémulo e escuro
Das velas acesas, espalhadas pelo
Chão de carvalho desta casa velha
Com vista para um Tejo enegrecido...
Aprecio o teu corpo deitado no escrito.
Num impulso emotivo, abraço-me a ti
Borrando a pintura no teu corpo…
Sujando o teu registo do meu desejo.
Oh Flores fúnebres!
De olhos belos que me encantam
Poisai sobre o meu caixão
E tapai sobre mim a dor…
Pois não quero mais sentir
A solidão da alma!
2 Comments:
bem, só este devo ter lido umas vinte vezes. Tou mesmo a ver, daqui a uns anos vou ser eu a escrever a biografia do artista mister Raube! :D
Bem, a primeira parte tem partes que pessoalmente não gosto mesmo nada (acho 'calças infames' muito feio, mas o pior mesmo é o 'o vermelho do teu vestido faz contraste na minha dor'. Esta então cai-me mesmo mal, gosto da ideia, mas acho que ficou menos bom, pronto =D). A segunda gostei muito, está muy buenito, muy bem feito, embora cá pra mim tenha reticências a mais! Quebra a leitura. Bem... devo ter a mania que sou chico esperto é o que é! :D
Gostei moister raube, és um grande artista e eu o teu fiel seguidor!
yeah!
Olá! Adorei a segunda parte do poema! A primeira também está boa, mas a segunda agradou-me mais.
Mesmo assim, gostei imenso do:
"Oh vestes de veludo carnal!
Que me privam das tuas coxas
E cobrem todo o teu corpo…
Deixai-me sentir a tua essência
Só mais uma vez!"
Muito carnal!
Já pensas-te em publicar um livro com os teus poemas?
Kisses*****
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