Resignação nua e violenta

Resignação nua e violenta: Seda azul

sábado, janeiro 02, 2010

Seda azul

A batida do coração ergue-se na confusão

Do romper a pele na primeira noite do ano.

Permito os meus sucos e dedos percorrer-te

Revelando a nu tal corpo que me consome.

No meio da simplicidade de ruidosos silêncios

Das paredes manchadas que os envolvem.

Materna, abres sem vergonha o meu olhar

Que teimo em fechar para sonhar tal sonho.

Percorres-me, abro os olhos, entrego-me

E revelo corpos nus num espaço quadrado.

Sopro no frio mas bato no calor da perdição

Elevando a alma a um estado de toque único.

Lá, o tempo não contamina tais seres vivos

Que respiram a fé dos abismos nele contido.

Largos silêncios e finas palavras tecem unos

Sorrisos e ténues lágrimas em ambas faces.

As gotas levam consigo a beleza do momento

Depositam fogos, tatuam belas esperanças.

Agora espero acordar, que seja logo manhã e

Lembrar-me sempre do acordar desse rosto

Ao meu lado.

1 Comments:

Blogger osimachina said...

Neste ano de mudança, desejo tudo de bom para todos.

7:16 da tarde  

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