Seda azul
A batida do coração ergue-se na confusão
Do romper a pele na primeira noite do ano.
Permito os meus sucos e dedos percorrer-te
Revelando a nu tal corpo que me consome.
No meio da simplicidade de ruidosos silêncios
Das paredes manchadas que os envolvem.
Materna, abres sem vergonha o meu olhar
Que teimo em fechar para sonhar tal sonho.
Percorres-me, abro os olhos, entrego-me
E revelo corpos nus num espaço quadrado.
Sopro no frio mas bato no calor da perdição
Elevando a alma a um estado de toque único.
Lá, o tempo não contamina tais seres vivos
Que respiram a fé dos abismos nele contido.
Largos silêncios e finas palavras tecem unos
Sorrisos e ténues lágrimas em ambas faces.
As gotas levam consigo a beleza do momento
Depositam fogos, tatuam belas esperanças.
Agora espero acordar, que seja logo manhã e
Lembrar-me sempre do acordar desse rosto
Ao meu lado.
1 Comments:
Neste ano de mudança, desejo tudo de bom para todos.
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