Resignação nua e violenta

Resignação nua e violenta: Banco de Jardim

segunda-feira, novembro 16, 2009

Banco de Jardim

Cidade de luz cinzenta matinal, faz frio cá fora.
Peles cobertas por lãs e tecidos variados, eles
Fogem das gotas da chuva e do alar do vento.
Contorcem corpos, arrepios, espasmos de ardor
Procuram locais próprios numa manhã de labor.

Encontro o verde a terra, na ventania da cidade.
Verde, a relva baila na brisa, chego ao jardim.
O castanho sujo do tempo deu lugar a outrem,
Tábua que me espera só, ouvinte dos homens,
Sento-me e escutas uma linda história de amor.


Seres apaixonados tomam-te como um deles.
Preto e tons encarnados compõem o assento.
Rostos descobertos, cigarro quente, mãos frias,
Lábios que se dão, cabelos desfeitos no tempo
E o abraço de um sorriso que sopra como o vento

Escutas os amantes, num sussurro com a brisa.
Germinando afectos e risos cada vez mais fortes,
Kaisekis voam juntos sabendo neles estar o caminho,
Acreditam que a brisa da vida é o momento
E o ar do seu amor um eterno minuto superior.

1 Comments:

Blogger osimachina said...

palavras para quê!?*

2:54 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home