Resignação nua e violenta

Resignação nua e violenta: Renda Preta

domingo, novembro 22, 2009

Renda Preta

Deflagro-me
Provoco excitações no embate do teu corpo,
Exaltações de prazer ou louvor que não cessam.
Não consigo parar este choque profundo do homem,
Que me cega a razão e me torna desejo e animal
(Sublime elevação da carne e do espírito).


Desafias-me
Provocas voltar a ter a ânsia que tens quando te tratas
(Belo corpo lavado que treme entre os seus azulejos).
Falamos conceitos num acto perverso de afecto.
Rasgamos num impacto molhado e metamorfoseamo-nos,
Unidos pelo ardor e pelo prazer dos gemidos e palavras.


Dominamo-nos
Loucuras de dois, chicoteiam-se num sublime acto único
(Mãos roídas que me apertam o quadril e rasgam).
Exaltas impulsos que agito dentro do teu ser,
Fervemos loucuras, movimento-me na ebulição,

Choramos e rimos não-palavras que são desejos!


Silêncio!
Embalados, num aperto amparamo-nos unidos.
Abrigas-te segura no abraço mais aconchegante da tua vida
(Selando quem mais te protege no leito da tua alma).

Pois entendes que é possível sustentar adversidades

Na protecção do mais intenso coração que te adora!


1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Olá.
Sou ma visita nova regular de uns poemas atrás. Aprecio do modo visceral, gótico e romântico como escreve poemas, parece que consigo ouvir os gemidos nessa letra amarelada. beijo
Aliciagoth

8:01 da tarde  

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