Espectáculo burlesco
Escorre-me o sangue por entre boca
Renasço com sede por não morrer.
Circulo no silêncio com passos felinos
Procuro a presa numa sede incessante
De olhar erótico como dança de flamenco
As garras dos meus olhos consomem o ar
Persigo tal perfume sedento de carne
Gemo implacável encostando-me a ela
Sacudo os quadris num ritual erótico
Espalho hormonas, sementes e odores
Bailo com a presa (é fera contra fera)
A vontade dos gemidos acordou a selva
E numa explosão felina que se queima
Capturo a paixão angustiante nos olhos
(Praguejam enormes desejos de me tocar)
Continuo o ritual, esta caçada solitária
Provoco anéis de luz no olhar que me quer
Ou nos lábios que não escondem os dentes
Em rugidos que simulam vontades de morder
E quebram o meu correr com carnosos beijos
Que abatem ou rasgam o felídeo do meu corpo
Desfrutam de um predador tornado presa
1 Comments:
tigre*
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