Resignação nua e violenta

Resignação nua e violenta: Fim de tarde

sábado, outubro 01, 2005

Fim de tarde

Expirando o meu prazo de validade
Aspiro a narcótica de uma só vez
Tento decifrar os meus sentimentos
(Descodificar as minhas emoções)

Seja eu sonho ou imaginação,
Jamais voltarei a ser quem fui

Mergulho o corpo adormecido
Reconheço este rosto, tácito e tímido
Pobre alvo canastro de tom vermelho

(Tapo os olhos e continuo a ver-te)

Sonhos em branco, dores inefáveis
Acordado é que eu não quero estar mais

Envelheço nu, enxaguo na banheira
Choro sozinho, lavo-me em silêncio
Grito o meu nome, mágoa asfixiante
(Não sei quem sou, nem ouso tocar-me)

Fotos que falam, sapatos que caem
Tinta já seca, manhã de papel
Uma cor estranha numa quadra velha
Melhor era mesmo -
deixar este Verso só!

3 Comments:

Blogger Tania said...

Sinceramente nem sei o que t hei-de dizer... Os teus poemas vao de tao encontro aos meus sentires... Eu que nunca consegui ter uma ligaçao intensa com a poesia, começo a sentir essa ligaçao a formar-se... Obrigado!
Tenho de te conheçer, temos de combinar qualquer coisa para a semana nas caldas.

4:28 da tarde  
Blogger Caty said...

:)...só vim dizer olá e deixar-te a certeza que vim desta vez e voltarei muitas mais...beijos

2:34 da tarde  
Blogger osimachina said...

obrigadissimo**

vivó chipismo

9:20 da tarde  

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