Resignação nua e violenta

Resignação nua e violenta: Alucinações

terça-feira, agosto 16, 2005

Alucinações

Cheirei-a.

Saí para a rua
Em tons frescos
(num tempo frio)

Reviro o olhar
Sob luzes de néon

(renasço)

Caminho por labirintos
Como um acto de fé.

Rasguei a carcaça,
Sou um corpo invisível
(evito a dor e o nada)

Eu apenas
(um corpo e uma mente)

Mergulho os lábios e recuo

Balançando o cigarro
Grito por mim mesmo
(Procuro ninguém)

Vejo guitarras, becos e gritos
(é noite de fadistas)

Tecidos reluzentes
(Dourado e prata)

Afasto-me e eclipso
Numa mera apresentação glamorosa

Era homem,
Mas não o sou mais

Fui invadido por ninguém
Sou capa de revista

Mergulho o rosto no pó
E retoco esta minha loucura

(Sempre insuficiente)
De extravagantes alucinações.

3 Comments:

Blogger osimachina said...

eu sou deus, e entao o anticristo,
fui abençoado, mas condenado ao inferno de uma geração sintetica ... sou Tudo do nada!

6:08 da tarde  
Blogger A said...

fez-me sentir um arrepio!;)

12:53 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

bem parece que andamos todos a ser massacrados com estes comentáros fixolas. Olha as tuas palavras são sempre chipisto-belas.

8:22 da manhã  

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