Resignação nua e violenta

Resignação nua e violenta: Violeta

quinta-feira, abril 20, 2006

Violeta

Sofrendo por gosto
Mordo a fome do beijo que mata
Num desespero inquietante
Desintegrando o meu corpo
(Sofro, sim sofro)
Quero sentir o teu beijo lancinante
E, o chão a fugir
Asfixiando o meu ser
No errante abismo do corpo
De uma forma tão louca
De uma forma perfeita
Que onde eu sangrar o toque irá crescer
Uma indefesa flor de gestos perfeitos
(Pura espécie e sonhadora)
Indefesa face as vontades do olhar
Contraindo sedes (vontades e desejos)
Beijando as lágrimas
Aspirando vontades
Na terra húmida do sangue cultivado
Onde sopram ventos (suspiros de alma)
À espera de um sopro para viver
E criar raízes no abismo da chama