Resignação nua e violenta

Resignação nua e violenta: A Dança do Ser

domingo, abril 30, 2006

A Dança do Ser

Todo eu sou tu em mim
Como peças que encaixam
Tocamos, mudamos e matamo-nos
Num silencio secreto de voos dóceis
(Dançamos na brisa gelada)
E apesar desta noite ser negra e ardente
Um sorriso é trazido pelo vento
E guardado neste canteiro de espinhos
Com a força desse olhar perturbador
No instante que pára o tempo
No instante que acelera o coração
À medida que percorremos o fim da música
Os dedos desabotoam nos olhos sonhos
Cantamos e rimos (trememos de afecto)
E enquanto nas paredes descem destinos
Os dois… neste momento só nosso
Dançamos unidos a valsa de Abril