Poesia com papel
Papel-pássaro aterra só no chão
Regressa a casa soprado pelo vento
Maravilhoso ser de tom ocre carvão
Transformareis em vida esta terra
(Origami congénito caído)
Fertilizando o chão que te berra
Seguro-vos molhada de tal coragem
Sois folha bela, leve e intrincada
Trazes vida em tempo de passagem
Dobro as arestas da folha em V
Encontro dois cantos e fantasias
Desvendo o abraço que não se vê
Abro a mão, desdobro memórias
Trazes em ti um outro tempo
Conténs em mim nossas histórias